Esta é a receita de oito passos para a humanidade se safar do caos futuro (e certo) das mudanças climáticas proposta por Martin Wolf, editor associado e comentarista econômico do The Economist:
1) implantar impostos sobre emissões de carbono e reduzir o imposto sobre o emprego;
2) expandir a participação da geração nuclear na matriz energética mundial;
3) impor padrões de emissão extremamente rígidos para os automóveis e demais máquinas;
4) gerar um fluxo de comércio mundial garantido de combustíveis de baixo teor de carbono de modo a convencer a China a se afastar do carvão;
5) financiar a transferência das melhores tecnologias disponíveis para gerar e economizar energia em todo o planeta;
6) investir em pesquisa básica e em inovação, combinando financiamento à pesquisa na universidade e apoio a parcerias público-privadas;
7) investir na adaptação aos efeitos da mudança climática.
8) por fim, estudar a possibilidade de empregar a geoengenharia (manipulação em grande escala do planeta a fim de reverter a mudança climática).
Alguns destes ingredientes são no mínimo esquisitos, como por exemplo aumentar em escala o uso da energia nuclear e lançar mão de algo tão improvável e perigoso quanto as propostas da geoengenharia. E faltam ingredientes como a expansão das fontes renováveis de energia solar e eólica e a revisão dos padrões de consumo daqueles que consomem.
Mas com a difusão da percepção de inexistência de governança global com força suficiente para implantar e fiscalizar um acordo de redução de emissões de carbono capaz de enfrentar a crise vindoura, as alternativas não fugirão de listas como estas.
A não ser que consigamos reduzir em 90% o consumo atual de energia e materiais da humanidade. E é dificil acreditar nisso, mesmo tendo acordado tão otimista hoje.
O texto do Martin Wolf está em http://www.valor.com.br/opiniao/3133644/vitoria-dos-ceticos-da-mudanca-climatica#ixzz2U2hLTbaV
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