O relatório do IPCC da semana passada disse que, para manter o aquecimento do planeta dentro do limite de 2oC, a emissão total acumulada de carbono fóssil não poderá ultrapassar 1.000 gigatoneladas e que a queima de petróleo, carvão e gás desde a revolução industrial já havia mandado para a atmosfera 531 gigatoneladas até 2011, mais da metade do limite.
O cálculo do painel de cientistas mostra que, na velocidade que a economia global está queimando estes combustíveis, alcançaremos o limite em não mais de 25 anos.
Não era de se esperar que os governos do mundo todo estivessem buscando soluções ousadas para a urgência?
Mas, no “mundo real”, estas são as notícias:
- Os EUA quadruplicaram nos últimos anos as reservas mundiais de gás de xisto para o equivalente a 200 anos de consumo, o que baixou o preço nos Estados Unidos a menos da metade da média mundial;
- A Noruega abriu uma nova área no Ártico à perfuração de petróleo offshore;
- A Rússia explora petróleo nas áreas do Ártico acessíveis devido ao derretimento de sua capa de gelo e prende por pirataria quem protesta;
- A Petrobras tem como meta alcançar em 2017 produção diária superior a 1 milhão de barris de óleo nas áreas do Pré-Sal;
- O leste da África é visto pela indústria do Petróleo como a nova terra prometida, o próximo epicentro da exploração global de gás natural.
Será que o poeta me apresentaria o rei seu amigo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário